domingo, 6 de dezembro de 2009

Green Hell

Confusão nas ruas de Curitiba


Então, está aí galera.


Chega ao fim o campeonato brasileiro de futebol da primeira divisão. Com as suas trinta e oito rodadas de grande jogos e muita emoção, do começo ao fim. Repleta de golaços e grandes craques, muitos que vieram dar um retorno às suas fabulosas carreiras esportivas.
Talvez, essa edição, seja considerada a mais disputada na era dos pontos corridos, já que antes era disputado com sistema de mata-mata após um campeonato de pontos. Contudo, a ultima rodada foi a mais esperada de todas. A briga pelo titulo envolvia quatro grandes times, todos mereciam o “caneco”, pelo grande trabalho que fizeram durante a temporada. O mesmo serve pra os times que jogavam para permanecer na elite do futebol nacional.

Como tudo nessa vida, a ultima impressão é a que fica. E assim, um dos acontecimentos desse domingo, dia 6 de dezembro, foi a “Guerra do Couto Pereira”.

Logo após o empate de um a um, entre o time do Coritiba e o Fluminense, além de uma serie de combinações de resultado, fez com que os coxas brancas fossem rebaixados à série “B”. Após o término do jogo a torcida invadirá o campo, e passará a confrontar com a grande minoria de policias que lá havia, gerando uma grande confusão, que não passa de puro vandalismo, presente nas torcidas de cada clube do nosso futebol.

Não bastasse a “batalha” dentro, se estendeu também para fora do estádio. A Avenida Mauá, e outras próximas ao estádio, estavam tomadas pela revolta dos torcedores ao verem seu time do coração ser rebaixado. A policia fez uso de balas de borracha para conter a balburdia.

Isso tudo mostra a total falta de organização do nosso país em relação à realização de grandes eventos, embora um jogo de futebol como esse não seja aquele grande evento, mas devido à importância que se tem o futebol no Brasil, precisava-se, no mínimo, tomar um campeonato nacional como forma de experiência visando a copa do mundo.

A policia não estava devidamente preparada para segurar a fúria dos torcedores. Via-se a tamanha facilidade com que entravam no campo e arremessavam objetos. Faltando segurança publica, não se tinha idéia do que fazer para conseguir acabar com tudo aquilo e a capacidade de tomar atitudes sensatas com certa rapidez.

Além de tudo, ainda se permite a criação de torcidas orgazinadas, sem total conhecimento do clube de que elas se dizem torcedoras. Em muitos casos, elas simplesmente vão aos estádios para guerrear com as outras. E não há um especifico controle com cada pessoa que vai assistir ao jogo. Tendo como exemplo o campeonato italiano, que exige cópia da carteira de identidade daquele que estará nas arquibancadas.

Outro fator é a falta de uma grande e boa infra-estrutura nos estádios brasileiros, que não oferecem um determinado conforto ao cidadão e muito menos a quem vive do futebol para ter seu sustento.

Como todo bom amante do futebol, fico no aguardo e na espreita de uma atenção muito maior a fatos como esses, e que tudo venha a ter uma organização que demonstre muita regularidade ate que se chegue o ano em que será sediada a copa no Brasil.

Principalmente em Curitiba, uma das melhores cidades para se viver, e que não merece ter um perfil relacionado à violência como ficou evidenciado hoje.

Mas há também a necessidade de mencionar que a responsabilidade disso é não apenas da polícia, que por sinal não tem culpa alguma da situação que causou o tumulto, mas sim dos torcedores, que apesar de abalados com o acontecido, jamais poderiam ter feito o que foi visto. Não satisfeitos com os estragos já causados, alguns torcedores saíram às ruas da capital destruindo propriedades de terceiros. O que nos resta é lamentar, e esperar que os responsáveis sejam punidos pelo que fizeram, e que por sinal, não vai ser pouca coisa.

Mas enfim, como já dizia o ditado: “Cada país é o reflexo de seu povo!”.

Texto de Lucas Bonfati e J. P. Brandalise

Fotos: UOL



Nenhum comentário:

Postar um comentário